segunda-feira, 8 de agosto de 2016

musica erudita

musica erudita


Música clássica ou música erudita é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, que abrange um período amplo que vai aproximadamente do século IX até o presente, e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história ...


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Se você já leu algum livro do tipo “O que é Música”, deve ter ouvido falar na tripla divisão da música: Harmonia, Melodia e Ritmo.

Estes três elementos são partes constituintes de uma música. A música em si, não precisa obrigatoriamente conter os três elementos, afinal, é possível fazer música apenas com tambores e um instrumento melódicos, por exemplo, mas uma música “completa” deve apresentar uma harmonia, melodia e ritmo. Nesta aula, vamos falar sobre cada uma destas partes.

Ritmo: É a parte da música que determina a velocidade, a intensidade, os valores de cada nota. São principalmente determinados por meio de instrumentos percussivos, como a bateria ou a percussão, que se responsabilizarão pela marcação do tempo da música. Se a música será mais lenta, se será acelerada, e por aí vai. Algumas vezes, outros instrumentos podem fazer o papel rítmico também, como o contrabaixo, por exemplo, ou mesmo um instrumento como o teclado ou violão, quando tocados sem acompanhamento de outro(s) instrumento(s). Com um instrumento de percussão, como a bateria, você determinará qual é o andamento da música, e qual será o ritmo. Por exemplo: Samba, Rock, Forró, Pop, Maracatu, etc...

Melodia: Melodia é a parte da música que apresenta uma sequência de notas ou sons. Esse é o papel da escala, na música: Definir quais notas devem participar de uma música, de forma agradável aos ouvidos. A melodia é o conjunto de notas, tocadas sequencialmente numa composição. Para exemplificar, posso dizer que a melodia é o conjunto de notas que nós cantamos durante uma música. A cada sílaba cantada, entoamos uma nota diferente, e esta sequência de notas é o que chamamos de “melodia da música”. Podemos usar como exemplo a sequência de notas que um instrumento melódico dá. Instrumentos melódicos são os que emitem sons individualmente, ou seja, uma nota de cada vez, isoladamente. Instrumentos que não podem juntar mais de uma nota ao mesmo tempo, como a flauta ou o saxofone.

Harmonia: Este é o elemento mais importante que queria chegar. A harmonia de uma música é o conjunto de acordes que serão tocados na composição. Assim como a melodia é uma sequência de notas a ser tocada numa música, harmonia é o conjunto de acordes a ser tocado numa música. Na melodia, eu toco notas individualmente. Na harmonia, eu tocarei acordes formados pela união de várias notas simultaneamente.


Como disse no início desta aula, uma música não precisa obrigatoriamente apresentar os três elementos, mas se utilizá-los, certamente sua música ficará mais “cheia”, “completa” e “harmoniosa”.
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Origem da Música

Este é um assunto super interessante, mas extremamente longo. Para ser bem compreendido, deve ser bem detalhado. Tentaremos fazer um breve resumo, com alguns dos momentos mais importantes da música na história. Vamos a eles!
Nossa cultura é extremamente rica pela música como seu principal elemento. Os sons da natureza inspiraram o primeiro sinal de música reproduzido, durante a Pré-História. A palavra Música é de origem grega – vem de musiké téchne, a arte das musas – e se constitui de uma sucessão de sons, entremeados por curtos períodos de silêncio, organizada ao longo de um determinado tempo.
Assim, é uma combinação de elementos sonoros que são percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som, tais como duração, altura, intensidade e timbre, que podem ocorrer em diferentes ritmos, melodias ou harmonias. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se com a própria história do desenvolvimento da inteligência e cultura humanas.
Na Antiguidade, até 400 D.C., a música assumiu um papel central nas atividades diárias das grandes civilizações do Egito, Grécia e Roma. Com a queda do Império Romano, a igreja teve um papel fundamental para o desenvolvimento e evolução da música, pois os monges continuam a desenvolver a escrita e a teoria musical na Idade Média. Como exemplo, o monge e papa São Gregório Magno que reuniu alguns cânticos já existentes e outros de sua própria autoria numa coletânea que intitulou de  Antifonário, e a esta forma de cantar deu-se o nome do famoso Canto Gregoriano, que tinha uma melodia simples que seguia o ritmo das palavras e era usado como forma de oração.
Eis que surge a separação entre a música popular e religiosa, e os instrumentos usados em ambas são bem distintos. Na religiosa, permitia-se apenas o uso do órgão, e na popular, permitia-se o uso de todos os instrumentos conhecidos. Quem também teve papel importante foram os menestréis, companheiros dos saltimbancos que andavam de terra em terra e os trovadores, nobres compositores que tinham o amor como tema principal das suas músicas e poemas.
Outro surgimento super importante foi o da notação musical, inicialmente feito por neumas, símbolos que ajudavam os compositores a não esquecerem-se das músicas. Mais tarde foram introduzidas as linhas até chegar ao conjunto das quatro que foram inventadas por Guido D’Arezzo, grande teórico da música e só a partir do século XI fez-se uso da pauta, tornando-se habitual até hoje.
Durante o Renascimento, a Igreja tornou-se menos rígida em relação aos instrumentos musicais, e os nobres contratavam músicos para animas eventos festivos. As formas vocais mais importantes deste período são: os madrigais, a missa, e o motete.
No período Barroco, Johann Sebastian Bach era o grande nome. Incrível compositor, foi de grande importância seu trabalho. A orquestra, a ópera e o ballet também surgem como grandes destaques musicais deste período, gerando enormes contribuições para a musicalidade.
O Classicismo trouxe um tipo de música mais suave e com uma perfeição estética. As frases melódicas são curtas, claras e bem definidas, com princípio, meio e fim com uma maior variação em relação à dinâmica das obras musicais e surge o sforzatto, o crescendo e diminuendoE desenvolvem-se grandes gêneros instrumentais como: a forma sonata, o quarteto de cordas, a sinfonia e  o concerto.
Os compositores do Romantismo procuravam mostrar os seus sentimentos em relação à sociedade da época através da música. Os nomes mais importantes da época são Schubert, Chopin, Liszt e Pagnani. As melodias românticas são mais líricas e as harmonias mais contrastantes, com uma maior variedade de sonoridades, dinâmicas e timbres com maior tempo de duração. Neste período, a literatura exerce uma grande influência sobre a música romântica, e faz surgir o Lied e o poema sinfônico.
Enfim, chegamos à música Moderna, com novas experiências no aspecto musical, marcada pela tecnologia dos instrumentos e diferentes formas de compor. Com muitas mudanças em relação à  sonoridade, a guitarra eléctrica e sintetizador são ligados, numa primeira fase, à música Pop e Rock e numa segunda, a outros gêneros musicais.
A gravação surge e revoluciona totalmente o mercado e a produção musical.
O timbre é o parâmetro da música mais valorizado deste período, e por isso renovou-se a linguagem musical à procura de novos timbres, harmonias, melodias e novos ritmos. A forma de composição musical foi abandonando o uso das oito notas da escala e deu-se a ausência da tonalidade definida (atonalidade) e escreveu-se obras a partir da utilização de uma série de 12 notas que consiste na técnica do dodecafônico.
Enfim, a música passou por diversas mudanças, e assim vai continuar sendo, pois ela faz parte da cultura mundial, das nossas vidas e nossos sentimentos. Existe muito, muito mais a se saber sobre a história da música, e muitos outros fatores importantes, mas esperamos que com este resumo do resumo, tenhamos despertado sua curiosidade em saber e procurar mais sobre este tema tão profundo e fascinante que é a música e suas origens.